terça-feira, 28 de maio de 2013

Desliga a câmera.

   Queria fotografar-te com os olhos para poder captar o sentimento que a câmera não consegue entender, mas que a minha pupila quando encontra a tua, faz todo o sentido. Poder mostrar-te - já que palavras não medem-se - como te enxergo.
   Imprimir tuas imagens e colar aleatoriamente nas ruas, para que então (um dia, quem sabe, por via das dúvidas) - caso o acaso nos descase -, eu possa ter tuas mãos, teu cabelo, teu pescoço, teu nariz, em um pedacinho de mim de novo. E mesmo de passagem e na pressa, vou lembrar da minha atividade ocular preferida.
   Todavia, o que eu mais anseio, por deus!, é guardar uma foto do significado do teu sorriso pra mim. Guardar numa caixinha onde ninguém, além de mim, jamais possa descobrir-te.
   Por enquanto, faço retratos do teu rosto na memória, mas com cuidado para que não se guardem tão fundo onde eu não possa mais achar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário